sábado, 27 de novembro de 2010

REFERENCIAL CRISTÃO

REFERENCIAL CRISTÃO



Fp.3.17

Meus irmãos, continuem a ser meus imitadores. E olhem com atenção também os que vivem de acordo com o exemplo que temos dado a vocês.



Esse é um tema extremamente importante para nós, pois ele trata de uma questão importante para a nossa vida cristã, pois o referencial que nós temos vai determinar o tipo de pessoa que nós seremos.

Paulo trata exatamente desta questão, pois nós temos que seguir algum padrão e Paulo neste texto se propõe a ser este padrão para que os outros possam seguir para que se assemelhem a Cristo nosso padrão último de referencial.

No presente século as pessoas estão em busca de referenciais para poder pautar as suas vidas de modo que possam se assemelhar ao referencial escolhido para dar forma a suas existências vazias.

Veja que esses referenciais não são absolutos, pois mudam ao sabor da moda hora o referencial é um ator, jogador de futebol, homem público etc..., mas não há um referencial absoluto de modo que todos possam seguir aquele padrão de vida. Isso é perigoso, pois se não temos um padrão último a seguir ficamos moldando as nossas vidas e personalidades em vários referenciais o que nos tornará confusos em nós mesmos e teremos uma sociedade como temos visto uma sociedade não de semelhantes, mas de dessemelhantes em que não há comunhão de vivencia, mas apenas conveniências egoístas de cada membro dessa sociedade em que vivemos.

Essa falta de referencial gera outra situação perigosa, pois à medida que não temos esse referencial absoluto ficamos a mercê de possíveis candidatos a ocupar esse posto, o que é um problema, pois os candidatos que tentam ocupar esse posto são vazios, ou seja, eles mesmos não têm um paradigma para se estabelecerem como referencial absoluto para toda a sociedade.

Se esse referencial é vazio como servirá para tal propósito, pois todo referencial quando estabelecido é para ser seguido pelos outros, se esse referencial é vazio de conteúdo o que vai ser seguido é exatamente essa falta de conteúdo o que torna a nossa sociedade o que ela é, sem forma e vazia, e que espera um espírito de referencial absoluto pairar sobre ela e do caos criar ordem e organização.

Seria um alivio se essa situação ocorre só na sociedade secular, mas infelizmente essa situação ocorre dentro da Igreja Protestante, e aqui eu me refiro a todos os movimentos ditos Protestantes, há uma carência de referenciais absolutos para seguir, pois cada ramo do mundo protestante levanta o seu referencial a ser seguido e aqui nós temos um problema, pois diz o Texto Sagrado que nós somos o Corpo de Cristo e o Corpo de Cristo não está fragmentado como nós vemos, pois cada referencial diz que está certo dentro da sua linha de interpretação do Texto Sagrado e sendo assim ele passa a ser o referencial absoluto para aquele ramo do movimento protestante.

Com isso o Corpo não é Corpo de Cristo, mas é um corpo constituído de partes fragmentarias, se é que isso é possível, veja a confusão que isso gera, pois cada um seguirá o seu referencial estabelecido, isso gera um problema sério de coesão dentro do Corpo de Cristo, pois não falaremos a mesma língua, não pensaremos do mesmo jeito, não creremos do mesmo jeito, não interpretaremos o Texto Sagrado do mesmo jeito, e se isso for possível não iremos para o mesmo Céu, pois cada um de nós tem um Céu diferente um do outro. Veja que a Igreja de hoje está na verdade sem forma e vazia e está estabelecido um caos entre nós e estamos há espera do espírito de referencial absoluto para criar ordem e organização entre nós.

Bom de tudo que foi dito até aqui podemos nos perguntar: quem é então o referencial para a Igreja Brasileira?

Paulo nos dá à resposta a essa pergunta veja:

Meus irmãos, continuem a ser meus imitadores. E olhem com atenção também os que vivem de acordo com o exemplo que temos dado a vocês.

A primeira impressão é que Paulo se coloca como esse referencial absoluto a ser seguido, mas se lermos não só este Texto, mas outros nós veremos que Paulo nos mostra que nosso referencial absoluto é Jesus Cristo, pois ele não está nessa dimensão de imperfeição, mas ele é Perfeito e para ser absoluto tem que ter esse predicado de ser perfeito.

Veja que o Paulo diz em 1°Co.11.1; 4.17; Ef.5.1; 1°Ts.1.6-7:

Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo.

Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado e fiel no Senhor, o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda parte ensino em cada igreja.

Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;

E vós fostes feitos nossos imitadores e do Senhor, recebendo a palavra em muita tribulação, com gozo do Espírito Santo, de maneira que fostes exemplo para todos os fiéis na Macedônia e Acaia.

Estes textos deixam claro que o padrão último de referencial de Paulo era Cristo, era em Cristo que Paulo se conformava ou tomava a forma de Cristo para seguir a Cristo.

Portanto para nos tornarmos uma Igreja com relevância no presente século temos que ter o Padrão Último Jesus Cristo como nosso referencial absoluto da nossa fé e regra de prática da nossa vida.

É o que Cristo espera de nós Igreja Viva que está a espera de seu iminente retorno.



Amém.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

UM ANO BOM

Um ano bom


Is.6.1,8
O que precisamos para ter um ano bom?

Isaias em sua experiência exemplifica para nós o que é preciso para termos um ano bom, precisamos só de duas coisas: 1. ver (v.1), 2. ouvir (v.8).

O que isso significa para nós
I – VI DEUS, v.1

O que significa esta fala de Isaias?

A visão que Isaias teve mexeu com sua visão da realidade.

A realidade que ele via era:

1. Trono vazio;

2. Futuro incerto para Israel;

3. instabilidade política e religiosa.

Por isso que Deus se revela no seu trono dizendo a ele que o trono não está vazio e o futuro há certeza e estabilidade.

A visão que Isaias tinha agora era que Deus estava no trono e que o seu futuro e do povo estava garantido em Deus.

Ex. de pessoas que tiveram sua realidade mudada após ver Deus: Paulo – de perseguidor – para um evangelista ardente; Estevão – sofrimento – para gozo reconfortante (por isso que pede que Deus os perdoe); Jacó – medo e incerteza – coragem e certeza.

Aquela visão causou-lhe terror e medo, vemos isso no verso 5, onde ele diz: Ai de mim, na realidade Isaias fala isso gritando exemplificando, o seu desespero por ver a Deus e ver-se ao mesmo tempo ante a Santidade Divina.

Parece que para Isaias a sua situação não tinha mais jeito. É neste momento que Deus intervém e mostra que há solução, e é ouvir Deus.
II – Ouvi a voz do Senhor, v.3, 8.

o que ele ouviu, isso mexeu com o seu interior, pois muda a sua realidade interna.

Ouvir significa entendimento e compreensão.

A resposta de Isaias exemplifica que ele entendeu e compreendeu que Deus o queria no ministério profético, essa compreensão deu a Isaias:

1. Vigor para profetizar;

2. Coragem para profetizar;

3. Certeza da mão Divina sobre ele.

No verso 1 e 5 vemos um homem apático sem esperança mas quando ele vê e ouve essa situação é mudada, para um homem que:

1. Compreendeu a necessidade de seu ministério em um tempo de crise;

2. Compreendeu que seu ministério faria a diferença no meu do povo;

3. Compreendeu que após essa experiência com Deus nunca mais seria o mesmo, pois algo novo foi introduzido em sua alma.









segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A Vida Encarada como um Fluxo e Refluxo que nos Alcança

A Vida Encarada como um Fluxo e Refluxo que nos Alcança
Ec.11.1


Deixa ir (para) teu pão sobre a superfície das águas porque da abundância das águas ele encontrará.

I – Definir sobre o que o texto está falando.
O texto em questão é uma reflexão filosófica sobre a vida em toda a sua existencialidade, onde o Pregador após viver uma vida sem Deus viu o perigo que isso representava Ec.12.8 um vazio, ou seja, viver a vida como se Deus não existisse e não agisse na história do homem.
O texto que iremos analisar fala de vida, vivida a partir do outro e com o outro, pois nossa personalidade é construída a partir das relações que eu estabeleço, portanto para vivermos de forma plena é preciso estabelecer relações verdadeiras.
Quais são as verdades que encontramos no texto que nos dá base para encararmos a nossas vidas como um fluxo e refluxo que nos alcança?
1. A preposição para que indica direção dá idéia de que temos que viver em direção a vida, vida aqui é vida se tiver o outro como ser real para mim, Jo.5.1-6; Lc.19.1-10. Porque nem sempre o outro é real para mim, Mt.20.30-31, quando não me vejo nele ele não é real, ele é simplesmente uma coisa, Gl.2.11-14.
2. A vida é composta de relações reais e verdadeiras e não se podem construir relações de forma fragmentária, ou seja, minhas relações serão construídas a partir da seletividade, Lc.10.25-37 (existem duas realidades neste texto o caminho e a estrada, aqueles que andam na estrada são seletivos em suas relações, os que andam no caminho buscam o próximo que se encontra em qualquer lugar), onde eu determino quem será o meu próximo, Ec.11.2;
3. O texto diz que o pão deve ser lançado na superfície das águas, isso fala de continuidade e possibilidades, o que o texto quer dizer é que: em se tratando de relações nós temos que na continuidade e possibilidades da vida eu não posso me fechar em mim mesmo achando que eu mesmo me basto para mim mesmo, Jô.8.4-5, eu tenho que viver a vida em toda a sua continuidade e aproveitar cada possibilidade para construir e afirmar as minhas relações, Jo.8 (aqui houve uma ilegalidade por parte dos escribas e fariseu, pois, a lei determinava que ambos deveriam ser apedrejados, só trouxeram a mulher) , Ec.11.3-6.
4. Porque não lançar o pão no fundo das águas? É bem verdade que profundida fala de substancialidade, ou seja, de firmeza, neste caso aqui essa idéia não vale, pelas seguintes razões: - aquilo que é profundo fala de – obscuridade – densidade – obstáculos difíceis de serem transpassada - depressões perigosas – vida hostil a qualquer tipo de aproximação – ambiente onde ocorrem misturas quase que indissolúvel, Lc.22.1-6,47, diante disso fazendo uma analise para a construção de relações esse tipo de ambiente não é salutar para a construção de relações com o outro, porque no fim de tudo o que sobra é as construções que eu durante a minha vida eu busquei, vr.6-8;
5. A vida é de fato um fluxo e refluxo o vr.9 diz que temos que viver a vida, mas vive-la de forma responsável onde eu leve a sério todas as coisas esse é o fluxo da vida, Lc.12.15, porque se assim eu não fizer a lei da semeadura virá, esse é o refluxo da vida trazendo para mim tudo aquilo que eu lancei ao longo da minha existência e durante ela, Lc.12.16-21;
6. Vomita a irritação (estado) da tua alma e faze passar a perversidade do teu corpo porque a juventude e a plenitude (adolescência) da mocidade é vazio.
O texto afirma um estado devastador onde não se pode criar vínculos enquanto não nos libertarmos deste tipo de sentimento, pode-se até criar relações mas elas não serão verdadeiras será construído com a falsidade.
Quando encaramos a vida assim o resultado final é:
1. Que a nossa vida ganha mais significado, Ec.4.9;
2. Que em nossa vida encontraremos um porto seguro, E.4.10;
3. Que em nossa vida teremos a rica oportunidade de partilhar vida, Ec.4.11;
4. Que em nossa vida encontraremos companheiros para enfrentar as guerras da vida, Ec.4.12.
Diante de toda essa realidade que vimos no texto, resta-nos fazer a seguinte pergunta: Isso nos prepara para que? Nos prepara para estarmos de fato diante da mesa do Senhor com a seguinte visão: ler textos, Jo.13.1-20, 31-35:
1. Perdão relacional, v.1;
2. Fé relacional, v.31-32;
3. Humildade relacional, v.12-16;
4. Coragem relacional, v.17-20;
5. Unidade relacional,v.17-20.

A LUA ÀS VEZES TEM O FORMATO DE VÍRGULA PARA MOSTRAR QUE NEM NO INFINITO A AMIZADE E O CARINHO TEM UM PONTO FINAL.
QUE A NOSSA AMIZADE SEJA SEMPRE
UMA VÍRGULA...
SEM PONTO FINAL

sábado, 9 de outubro de 2010

ASSASSINATO SUBJETIVO

ASSASSINATO SUBJETIVO


EX. 20.13

Não matarás.

Caro leitor você que lê esse artigo quantos pessoas você já matou ao longo da sua vida.

Bom a resposta que você está dando enquanto lê é nenhuma.

Você tem certeza disso?

Mas para sua tristeza caro leitor a sua resposta está errada, pois ao longo da sua vida você já matou muitas pessoas, se não matou ainda, se não tomar cuidado irá matar com certeza.

E essa afirmativa que faço que você é um assassino eu vou provar a você ao longo deste artigo, pois estamos acostumados a ler a Bíblia de forma objetiva, ou seja, na letra do texto, explico, no texto em questão só ocorre um assassinato se tiver um corpo morto, caso contrário não há assassinato é assim que lemos a Bíblia.

Mas essa idéia ela está equivocada, pelos em relação a nós que professamos nossa crença na Palavra de Deus, e essa é a proposta deste artigo mostrar que às vezes matamos as pessoas e não nos damos conta disso, pois diante de nós não tem nenhum cadáver que me faça ser um assassino.

Essa acusação que faço a você leitor é pesada, até eu me assustei quando descobri que já matei alguém, mas é a pura verdade, espero que após a leitura deste artigo você não incorra mais neste ato e possa ressuscitar algumas pessoas que você matou e trazê-las de novo ao seu convívio.

O significado da palavra matar é: causar a morte de outrem, é investir para causar a cessação da vida de outrem.

Bom vamos ver se você já matou ou não alguém, caro leitor.

O mesmo texto trata do adultério vr.14 e em Lv.20.10 quem adulterava deveriam morrer, mas só se fossem pego no ato do adultério, ou seja, só era considerado adultério se fosse pego no ato ou provado, era isso que caracterizava um adultério.

Mas Cristo aprofundou essa questão do pecado, vejamos o que ele diz sobre essa questão:



Jo.8

1 Porém Jesus foi para o monte das Oliveiras.

2 E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.

3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.

4 E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando,

5 e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

6 Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.

7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.

8 E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra.

9 Quando ouviram isso, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficaram só Jesus e a mulher, que estava no meio.

10 E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?

11 E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais.

Veja que eles estão cumprindo parte do que Moisés disse, pois em Dt.22.22 diz:

Quando um homem for achado deitado com mulher casada com marido, então, ambos morrerão, o homem que se deitou com a mulher e a mulher; assim, tirarás o mal de Israel.

Veja a ordem era para que os dois fossem mortos apedrejados, mas eles trouxeram só a mulher, para apanhar Jesus em duplo erro, mas voltemos a nossa questão, veja o que Jesus diz agora sobre o adultério:

Mt.5

27 Vocês ouviram o que foi dito: “Não cometa adultério.”

28 Mas eu lhes digo: quem olhar para uma mulher e desejar possuí-la já cometeu adultério no seu coração.

Veja que para Jesus o adultério é considerado pecado não no ato em si, mas quando ele já é alimentado dentro da alma do indivíduo ai já ocorreu o adultério, não é preciso acontecer de forma objetiva e concreta.

Quando alguém lhe acusa de adultério a sua resposta é imediata nunca trai a minha mulher em momento algum, mas será que você nunca alimentou uma atração por outra pessoa de forma intensa nutrindo por ela um desejo intenso de ter um relacionamento íntimo com ela. Se isso já ocorreu então você adulterou.

Portanto Cristo está apontando para o pecado não como algo que só se torna pecado a partir do ato ou da concreticidade, mas algo que nasce na alma humana que quando dado vazão se concretiza como ato, ou seja, a realização de algo que já ocorreu na alma humana, veja o que diz Jesus a esse respeito:

Mt.15.

17 Ainda não compreendeis que tudo o que entra pela boca desce para o ventre e é lançado fora?

18 Mas o que sai da boca procede do coração, e isso contamina o homem.

19 Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.

20 São essas coisas que contaminam o homem; mas comer sem lavar as mãos, isso não contamina o homem.

Diante do que expomos acima podemos concluir que para nos tornarmos assassinos necessariamente não precisa que haja um corpo morto diante de nós, mas matamos as pessoas dentro de nós, veja o que diz Jesus sobre isso:

Mt.5

21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.

22 Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno.

Esse tipo de assassinato são os sentimentos negativos que nutrimos em relação às pessoas que faz com que nós sepultemos aqueles que nos aborrecem sem ao menos procurarmos darmos o perdão e a restauração da relação com as pessoas, simplesmente eliminamos as pessoas de nossas vidas.

Neste caso não há um corpo morto diante de nós, mas dentro de nossa alma há um corpo subjetivo que nós matamos e sepultamos dentro de nós.

Portanto quantos de nós durante ao longo de nossas vidas matamos várias pessoas dentro de nós por não querermos nos relacionarmos com aqueles que nós rotulamos como não dignos da nossa amizade e fraternidade em Cristo.

Quantos de nós nutrimos ao longo de nossas vidas os seguintes sentimentos dentro de nós que nos fez matar as pessoas, procurando eliminarmos esse mal de nossas vidas.

Quem nunca sentiu e nutriu:

1. Inveja;

2. Ódio;

3. Indiferença;

4. Nojo;

5. Rancor;

6. Desejo de matar o nosso ofensor literalmente;

7. Desejo ardente de ver as pessoas em ruína;

8. Satisfação pela desgraça do outro;

Esses são alguns desses sentimentos que nos leva a matarmos as pessoas de forma subjetiva, porque aqui pensamos nós não sofreremos o rigor da lei, pois não existe corpo, então não existe assassinato, mas isso não se aplica a nós que conhecemos a Palavra de Deus que está nos esclarecendo que matamos de forma subjetiva, ou seja, dentro de nós e isso nos faz sermos considerados diante de Deus como assassinos e sofreremos o rigor da Lei de Deus.

Quando nós assassinamos as pessoas nós não temos condição de orarmos a oração que Jesus nos ensinou, Pai nosso que estás nos céus..., pois como pode Deus perdoar um assassino se ele não quer nem ressuscitar a aquele que matou, pois Jesus nos ensina a ressuscitar aqueles que nós matamos da nossa vida diária, veja o que Jesus diz a esse respeito:

Mt.5

23 Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,

24 deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta.

25 Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão.

26 Em verdade te digo que, de maneira nenhuma, sairás dali, enquanto não pagares o último ceitil.

Portanto o caminho para ressuscitar aqueles que matamos ao longo da vida é oferecermos o perdão sem esperar que o nosso ofensor venha até nós, pois o tempo de perdoar é hoje, pois Cristo está as portas e não temos tanto tempo assim para ficarmos adiando a nossa reconciliação com nossos ofensores.

Quem sabe você que está lendo esse artigo se lembrou que matou alguém ao longo da sua vida pare a leitura agora mesmo e vá se reconciliar com essa pessoa e depois você termina a leitura.

Pois nós fomos criados para amar e não para matarmos as pessoas dentro de nós abrindo sepulturas dentro de nós tornando a nossa alma não um campo de vida, mas sim de morte, e quem está na morte não pode desfrutar da vida neste mundo e nem no vindouro onde estaremos com Cristo.

Portanto se você tem o assassinato como padrão de vida mude agora, pois se nós não conseguirmos amarmos aqueles que vemos e nos relacionamos com eles como é que poderemos dizer que amamos a Deus.

1°Jo.4

20 Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?

21 E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.

Portanto encerro este artigo dizendo que nós temos que perdoar e amarmos uns aos outros se quisermos a amar a Deus.



O CAMINHO PARA SE CHEGAR A DEUS PASSA PELO CAMINHO DOS HOMENS.

LEONARDO BOFF

QUEM NÃO TEM TEMPO PARA AMAR MORRE POR DENTRO A CADA SEGUNDO.

AUTOR DESCONHECIDO

terça-feira, 5 de outubro de 2010

PREGADORES PAPAGAIOS
Este artigo tem como ponto de analise um fenômeno que tem acontecido em nossos púlpitos, principalmente no meio Pentecostal, é um tipo de pregadores que tem como base de suas pregações não a Palavra de Deus, mas sim um evento missionário que acontece em Santa Catarina, mas especificamente no Balneário Camburiú. Evento esse que acontece todos os anos para angariar fundos financeiros para aplicar em obras missionárias.


Este artigo não tem como ponto de crítica nem o evento e nem os pregadores que pregam no dito evento, nossa crítica recai sobre os pregadores que temos visto pregando em algumas igrejas.


Bom qual a relação entre o papagaio e alguns pregadores, a relação principal é que alguns papagaios eles tem a capacidade de imitar alguns sons e a fala humana, a partir do momento que são ensinados, mas a fala do papagaio é algo que não é produzida no próprio papagaio, mas é introduzida de fora para dentro. Ou seja é um som que não é verdadeiro, mas algo artificial e sem vida.


Bom é assim que se comportam alguns pregadores como papagaios, suas mensagens não são fruto de uma reflexão séria a partir das Escrituras Sagradas, mas sim dos DVDs dos pregadores que pregam nesse evento.


Ficam diante de seus “donos”, ou seja, dos pregadores para poderem aprender o som que eles estão ouvindo para reproduzir em nossos púlpitos, é lastimável essa situação, mas é a triste realidade que estamos vendo em alguns lugares, não vemos pregadores, mas vemos e ouvimos papagaios e muitos deles ainda imitam mal os seu donos.


Os papagaios eles imitam tudo o tom de voz, expressões, gestos, roupas e até a música de fundo do Yanni eles colocam para pregar para que eles se sintam como se estivessem em Camburiú é muita falta de originalidade e personalidade desse pessoal.

Quais são os problemas que vejo neste tipo de pregadores e o quanto eles são prejudiciais para a Igreja de Cristo.

1. Não tem personalidade própria, quando aparecer outros para eles imitarem com certeza estarão imitando;


2. Não tem conteúdo em si mesmo, pois só podemos ter conteúdo se nossa fonte primeira para a nossa pregação for a Palavra de Deus, Sl.126.6;


3. Não tem Palavras de Vida, pois assim como o papagaio não emite aquele som de si mesmo, mas vem de fora para dentro assim são esses pregadores, suas palavras são produzidas de fora e não a partir de dentro onde Deus introduz a suas Palavras na alma do pregador para transmitir ao seu povo Jr.1.9;


4. São palavras que não são produtos de joelhos prostados diante de Deus, mas palavras produzidas no assento do sofá diante da TV assistindo o DVD para produzir as suas mensagens;

5. São palavras que tem como Texto Sagrado não a Santa Palavra, mas um DVD sem vida e sem revelação Divina para a Igreja, a Revelação de Deus para a Igreja não está em um DVD, mas na sua Bendita e Maravilhosa Palavra;

6. São palavras que não tem como propósito suprir as necessidades espirituais da Igreja, mas sim alimenta o ego dessa corja sem temor de Deus;

7. São palavras que não produzem avivamento real, mas sim o efeito coca-cola, passado algum tempo acaba o gás, neste caso o avivamento é momentâneo;

8. São pregadores que não produzem espiritualidade, mas histeria no meio do povo;

9. São pregadores que tem compromisso não com Deus, mas como seus ídolos de Camburiú;

10.São pregadores que vivem assombra dos seus ídolos e não na sombra do Onipotente.

São esses os tipos de pregadores que estão freqüentando as nossas Igrejas aventureiras sem escrúpulos e sem Deus em suas vidas, mas o mais trágico é que uma grande maioria da Igreja idolatra esse tipo de papagaios, fazem verdadeiras romarias para acompanhar essas criaturas, é triste, mas é verdade.

Precisamos repensar sobre quem nós colocamos em nossos púlpitos para ministrar a Palavra de Deus para a Igreja, pois se não tivermos esse cuidado nós vamos agravar ainda mais a crise espiritual que nós vivemos hoje em dia.


Que Deus nos ajude a formar uma geração de pregadores não formados nos eventos que acontecem pelo Brasil a fora, mas que formemos pregadores com fundamentação Bíblica e que estejam aos pés do Senhor Jesus Cristo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A CONSTRUÇÃO DE CRISTO EM MIM

A CONSTRUÇÃO DE CRISTO EM MIM




Fp.2.6-8

O texto que iremos estudar ele nos mostrará as bases da construção de Cristo em nós, não podemos só viver Cristo fora de nós, nos conceitos, idéias, tradições sacralizadas, se assim fizermos o máximo que conseguiremos é construir um muro ao redor de nós, o que não basta, mas deve ser construído dentro o que nos tornará igual a Cristo.

Vejamos então como Ele é construído em nós.

1. ...haja em vós o mesmo sentimento, esta fala de Paulo é um imperativo, uma ordem em que não há opção, portanto eu devo seguir o exemplo Dele.

O sentido deste texto é o seguinte, tende a mentalidade, tende a disposição mental, tende o pensamento, significando para nós que para agirmos como Ele agiu, Ele deve está de fato dentro de mim. Porque Ele é a fonte geradora de atitudes e ações, Jô.15.

2. Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Paulo esta mostrando aqui que Cristo em sua essencialidade com Deus não se apegou a isso, para realizar a sua missão, essa atitude levou a uma ação que mudaria a história do homem.

3. Mas esvaziou-se (tornar sem efeito, privar-se de) a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;

Para entendermos esse texto precisamos compreender o que está envolvido nesse processo em que Cristo se esvaziou.

O texto não trata do esvaziamento da Divindade de Cristo, mas sim que Ele se esvaziou da manifestação da sua Divindade para ganho pessoal, ou seja,

Ele auto-renunciou não manifestar o seu poder em benefício próprio, IICo.8.9.

Mas vejamos o que aconteceu com Cristo neste processo de esvaziamento.
1. Identificação conosco em todas as áreas, exceto no pecado, Hb.2.10, portanto para a construção de Cristo em nós deve haver identificação com Ele;
2. Auto-limitação, pois toda a sua ação na terra foi feita no poder do Espírito Santo, mediante a sua entrega a esse poder, Jô.14.12;

3. Cristo se tornou passível as realidades humanas, e com elas cresceu espiritualmente, Hb.5.8-9;

4. Cristo em sua encarnação venceu o pecado não em sua divindade, mas em sua humanidade, mostrando que é possível crescer e tornar-se templo efetivo da manifestação de Deus.

O interessante é que Cristo faz tudo para se tornar servo, ou escravo, para servir aos outros, MT.20.27-28;.

Mas prossigamos em nosso estudo agora Paulo diz:
5. e achando na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,sendo obediente até à morte, e morte de cruz.

O termo aqui humilhar é rebaixar-se, e esse rebaixamento de Cristo foi voluntário, não houve uma pressão para que Ele fizesse aquilo, mas Ele por si só se rebaixou para trazer salvação, diante disso o que eu devo fazer, seguir a mim mesmo ou há Cristo, e a morte de Cristo foi uma morte cruel, Dt.21.23; Gl.3.13; Hb.12.2.

Diante de tudo que nós analisamos essa construção do Cristo em nós deve ser feita da seguinte forma:

1. Termos a mente de Cristo em nós, ou a, disposição mental Dele para que nos doemos ao nosso amigo;
2. Não nos agarrarmos aos nossos pré-conceitos, egoísmos, vontades e alvos que excluam nosso amigo, mas que nos esvaziemos de tudo isso para que a nossa disposição seja a mesma de Cristo;
3. Que nos rebaixemos para buscar o bem do meu amigo;
4. Identificação com o nosso amigo;
5. Auto-limitação, no sentido de deixar Cristo por meio do Seu Espírito nos capacitar do poder do amor, para estarmos agindo em prol do amigo;

6. Vivenciar a realidade do amigo com todas as suas complexidades;

7. Vencermos as diferenças não baseados na falsa espiritualidade, mas na nossa humanidade onde temos relações com o nosso amigo.

Que Deus nos ajude a seguirmos o exemplo de Cristo.

O MUNDO DA PALAVRA HUMANA

O MUNDO DA PALAVRA HUMANA






Deus falou na Sagrada Escritura por meio de homens e de maneira humana
Hebreus 1:1

HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho...
A história da Bíblia é a história da comunicação de Deus com os homens usando a linguagem dos homens para se comunicar com o homem, de forma inteligível e compreensível.

O A.T. e N.T. conta-nos o desenrolar histórico desta comunicação quando vemos:
1. Relato da criação, Gn.1;
2. Quando chama Abraão, Gn.12;
3. E Moisés, Ex.3;
4. Cumpre a possessão da terra pelos israelitas, Js.1.1,21, 43-45;
5. Encarna-se tomando forma de homem em Jesus de Nazaré, Jo.1.1-14;
6. Quando vemos a expansão da Igreja anunciando o evangelho, At.6.7; 12.24; 19,20;
7. Quando determina o fim e o início do novo mundo, Ap.19.11-16; 21...
Mas em todas essas ocorrências nós vemos Deus usando homens escolhidos para transmitir a sua bendita vontade a outros homens.
Israel experimentou ouvir a voz de Deus do meio do fogo Dt.4.32-36, e isso lhe causou estupor e temor, mas Deus não se ateve a falar somente de forma transcendente ele se fez presente entre os homens falando com os homens e como homem falou, esse evento histórico se deu na encarnação de Cristo Jesus que se tabernaculou entre nós e nos falou a sua bendita Palavra, Jo.1.1, 14; 1°Jo.1.1-4.

Tudo nos mostra a imensa benevolência de Deus em querer falar com o ser humano Tg.3.4.

A fala é dentre todas as capacidades e faculdades que o homem possui o que faz dele ser esse ser singular dentro do mundo, pois, é, por meio da linguagem que ele tem acesso ao mundo humano, sem ela ele não poderia usar o predicativo é onde há a construção da realidade do homem.

Sendo assim nossa Introdução Bíblica começará analisando esse fenômeno da linguagem humana onde se assenta a linguagem Divina para podermos entender e compreender o porquê que Deus usou a linguagem humana para se comunicar com os homens.

I – AS FUNÇÕES DA PALAVRA HUMANA

Falar é chamar algo a existência, a realidade criada só passa ter sentido real para o homem quando ele nomeia, ou seja, quando ele da nome as coisas, vejamos isso de forma prática em Gn.2.19-20:

Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxeram a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.

E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea.
Note o verso 19 diz que tudo já estava criado, mas de certa forma ainda não era real para Adão, só passou a ter realidade plena quando Adão penetrou o ser de cada animal dando nome a cada um, portanto quando falamos trazemos algo novo a existência real para o nosso mundo que é construído de coisas reais.

Assim como tudo na vida tem a sua estrutura e sua funcionalidade a palavra humana também não foge essa regra, vejamos quais são as funções da palavra humana, pois, é, a partir desta compreensão que nós compreenderemos o porquê Deus em sua benevolência se comunicou com o homem usando a palavra humana.

1. A palavra humana produz informação, por meio dele que cada saber criado pelo homem informa seus conceito e idéias, sem isso nós estaríamos perdidos no meio de um monte de coisas que para nós seria desconexa se não tivéssemos informações precisas sobre cada saber, por exemplo, o que seria para nós a Revelação Bíblica sem informações precisas para nós.

2. A palavra humana é expressão, na verdade quando o homem fala ele revela parte de seu ser, pois ele põem em movimento o seu ser interior trazendo a tona seus desejos, sentimentos, pensamentos e vontades, não da para informar sem se exprimir, ou seja, esse auto revelar-se para o outro, por exemplo, quanto expressão um grito (revelar muitas coisas).

3. A palavra humana é apelo, o homem quando fala sempre esta em busca do outro para construir relações com aqueles que lhe dão ouvidos ao seu apelo por comunicação, vejamos o caso de Adão quando nomeia os animais ele não fala com os animais, pois, ele não os chama para estar junto com, pois ainda não existia outro tu que Adão pudesse se comunicar e dar ouvidos aos seus apelos por relacionamentos e responde-los Gn.2.18.

Portanto a palavra humana tem um poder criativo de estabelecer e criar relações entre eu e outro eu, ou seja, uma relação eu-tu.

A palavra dá a cada um a revelação de si na relação recíproca com o outro. O homem se faz “eu” no diálogo com um “tu”: “Na reciprocidade do falar e do escutar atualizam-se em
mim possibilidades adormecidas: toda palavra, proferida ou ouvida, tem a possibilidade de um despertar, talvez a descoberta de um valor a cujo apelo eu não era sensível”.

Na reciprocidade do “eu” e do “tu”, a palavra tende a criar a unidade do nós, aquela autêntica comunidade, bem diferente da coletividade de massa que não é união, mas amontoado .

É por meio da linguagem que o homem constrói suas amizades que perdurará por toda a sua existência, e é assim que Deus se revela, trazendo a sua palavra amiga a cada um de nós construindo com cada um de nós relacionamento real possibilitado pelo uso que ele mesmo faz da palavra humana.

Vejamos alguns testemunhos sobre essa busca de Deus para fazer do homem seu amigo:

Êx.2:11 E aconteceu naqueles dias que, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos, e atentou para as suas cargas; e viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmãos.

Êx.3:2 E apareceu-lhe o anjo do SENHOR em uma chama de fogo do meio duma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
O não consumir da sarça é símbolo da vida de Moisés.

Êx. 33:11
E falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo...

Êx.33:18 – 23

Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória.
Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer.

E disse mais: Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.

Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; aqui te porás sobre a penha.

E acontecerá que, quando a minha glória passar, pôr-te-ei numa fenda da penha, e te cobrirei com a minha mão, até que eu haja passado.

E, havendo eu tirado a minha mão, me verás pelas costas; mas a minha face não se verá.
Jo.1.1

NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Jo.1.14

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
Jo. 15.14 -15

Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
Jo.15.15

Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.

Diante destes textos nós vemos que Deus em sua benevolência estabeleceu com o homem um diálogo amigável, diálogo esse que produz vida a cada dia para cada um de nós quando nos dispomos a dialogarmos com Ele pela sua bendita Palavra.

Portanto, Deus quando fala Ele:

1. Produz informação, e quando isso acontece o homem passa a ter um auto-conhecimento de si mesmo, pois nossa vida ganha sentido a partir das Palavras Reveladoras de Deus Dt.8.3;

E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram; para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do SENHOR viverá o homem.

2. Produz expressão de si mesmo, pois, quando Ele fala exprime-se a si mesmo se auto-revelando ao homem fazendo um convite de comunhão e vida com seus filhos, e essa fala, não é uma fala de longe, mas ele chega perto de nós, decide morar conosco firma seu tabernáculo conosco só para falar conosco, sua fala encarna-se para que possamos vivencia toda a realidade da sua auto-expressão aos homens, Hb.1.1-2; Jo.1.14;
Hb.1.1-2

HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,

A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
Jo.1.14

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

3. Produz apelo, pois, Deus quando fala apela às consciências que o recebam como caminho para a vida eterna e para que possam gozar da comunhão plena com Ele aqui e agora.
Jo. 17.3

E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

Portanto a Revelação de Deus para a humanidade impressa na sua Palavra tem como:
1. Objeto, a vida eterna, pois, todos que são tocados pela Palavra é introduzidos dentro de si a vida eterna, pois, o fim do conhecimento da Palavra é a vida Eterna;
I Pe.1.23

Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.
2. O modo revelacional, a manifestação de Deus em Jesus Cristo em que Deus se mostra a humanidade de forma plena onde todos nós podemos não somente ouvir, mas tocar e vê-lo em nosso meio de que essa realidade está presente entre nós;
3. Transmissão, essa foi de forma histórica e dinâmica ao longo do desenvolvimento do Texto Sagrado.


II – CONHECENDO A MATÉRIA

II.1 - INTRODUÇÃO BÍBLICA OU BIBLIOLOGIA

O nosso assunto é o estudo introdutório e auxiliar das Sagradas Escrituras, para sua
melhor compreensão por parte do leitor. É também chamado Isagoge nos cursos superiores
de teologia. Este estudo auxilia grandemente a compreensão dos fatos da Bíblia.

Um ponto saliente nele é a história da Bíblia mostrando como chegou ela até nós. A necessidade desse
estudo é que, sendo a Bíblia um livro divino, veio a nós por canais humanos, tornando-se,
assim, divino-humana, como também o é a Palavra Viva - Cristo -, que se tornou também
divino-humano (Jo 1.1; Ap 19.13).

II.2 - O ÂMBITO DESTE ASSUNTO

A Bibliologia estuda a Bíblia sob os seguintes pontos de vista:

1. Observações gerais sobre sua leitura e estudo.

2. Sua estrutura, considerando sua divisão, classificação dos livros, capítulos, versículos, particularidades e tema central.

3. A Bíblia considerada como o Livro Divino, isto é, como a Palavra escrita de
Deus.

4. O Cânon sagrado: sua formação e transmissão até nós.

5. A preservação e tradução do texto da Bíblia. Isto aborda as línguas originais e os manuscritos bíblicos.

6. Inclui ainda elementos de história geral da Bíblia, inclusive o Período Interbíblico ou Intertestamentário, e de auxílios externos no estudo da Bíblia: geografia bíblica, usos e costumes antigos orientais, sistemas de medidas, pesos e moedas; cronologia bíblica geral, história das nações antigas contemporâneas; estudos das personagens e dos livros da Bíblia, e das dificuldades bíblicas.